LIVROS DOS ALUNOS DA AMENA
Os Cartoons vão à Guerra: a participação das animações da Warner Bros. na Segunda Guerra Mundial (1942-1945)
Inajara Barbosa Paulo (2023)
Antes de os Estados Unidos entrarem para a Segunda Guerra Mundial, um setor de sua indústria já se encontrava totalmente mobilizado: o do entretenimento. Hollywood já se encontrava pronta para o chamado, e estava disposta a lutar em todos os fronts, enviando seus artistas para a guerra ou produzindo obras críticas aos regimes totalitários. Quando falo em enviar suas estrelas, essa afirmação vai de Clark Gable ao Pernalonga. Este livro explica como um dos maiores estúdios de Hollywood, a Warner Bros., investiu na produção de animações para o combate às ideologias e governos do Eixo, e como se dava a construção imagética desses inimigos e do próprio povo estadunidense, definindo a fórmula narrativa de “mocinhos” e “vilões” no contexto da guerra. As animações são um meio de difundir propaganda ideológica extremamente eficiente, como poderemos ver nesta obra.
Crime e violência na História e na cultura brasileira
Mariana Dias Antonio e Amanda Corrêa Tortato orgs. (2022)
Este livro, como o próprio título “denuncia”, congrega partilhas sobre crime e violência na História e na cultura brasileira. Escrito por jovens pesquisadores de diferentes áreas ligadas às Humanidades, os trabalhos aqui reunidos se debruçam sobre variados temas cujos pontos de convergência são os estudos das mentalidades, apropriações e representações culturais sobre essa temática a partir de fontes literárias, de imprensa, criminais, legislativas, e suas intersecções. Ao mesmo tempo em que causam fascínio, o crime e a violência provocam temor; afinal, queremos ser apenas espectadores, mas nunca protagonistas – sobretudo na condição de vítimas – de um ato violento ou delituoso. Já, há muito tempo, a temática transbordou a literatura, as páginas de jornal e os noticiários televisivos, fazendo-se presente em séries, longas e curtas-metragens, podcasts e jogos eletrônicos, provocando dilemas éticos de grande complexidade. As narrativas sobre crimes, violência e transgressão, sejam reais ou imaginadas, nos acompanham o tempo todo. Diante disso, buscamos, através de pesquisas atuais, contemplar variados aspectos de um tema socialmente importante e que tem uma longa história no campo das representações sociais. Visando ampliar o olhar para a história do crime e da violência, esperamos proporcionar ao leitor não somente uma valorosa contribuição para o conhecimento histórico, mas uma prazerosa leitura!
Ditadura em Curitiba? Memórias (e esquecimentos) da repressão e da resistência na capital paranaense e criação de site temático
Luiz Gabriel da Silva (2021)
Este livro analisa questões relacionadas à ditadura civil-militar na cidade de Curitiba, abordando aspectos relacionados à memória e ao esquecimento. Durante a leitura desta obra, você verá que repressão e resistência muitas vezes se entrecruzam, possuindo um ponto em comum, observado aqui: o apagamento dos locais simbólicos da ditadura na capital paranaense. Há também um relato da criação do site "Ditadura em Curitiba", referência tanto para aulas de história sobre o tema, quanto para todos aqueles que desejam ter acesso a informações, fontes históricas e referências sobre o assunto.
A História através das câmeras
Mariana Dias Antonio e Fabiane Taís Muzardo orgs. (2023)
O ato de fotografar, de registrar através da luz, congelar a visão num instante e convertê-la num documento perene, está muito longe de ser um ato ingênuo, neutro ou livre de valores. Todo “grafar” implica em ações específicas de quem grafa. As escolhas sobre o quê grafar e como grafar implicam em enquadramentos, exclusões, atenuações, ênfases, filtros, meios e lugares de circulação, interlocutores ou públicos para quem aquilo se destina ou não, ou como deve se destinar. Essas escolhas criam uma linha que perpassa as várias contribuições aqui reunidas. Ao transitarmos entre fotógrafos, repórteres, historiadores e cineastas, é fácil notar que todos esses agentes sociais realizaram escolhas sobre os registros que deixaram à posteridade. Escolhas essas definidas pelos saberes, técnicas e tecnologias de seu tempo, mas também por valores, visões de mundo e questões de época. As contribuições aqui presentes buscam trazer luz a algumas destas questões tendo a História enquanto eixo principal, mas sem perder de vista o caráter interdisciplinar tão necessário e tão evidente nas pesquisas que buscam compreender as interações humanas.
Sociabilidades curitibanas: o lazer e o civilizar-se
Camila Jansen de Mello de Santana (2022)
A vida moderna e urbana transformou o cotidiano da população curitibana, impondo um comportamento civilizado, controlado e regulado. As atividades de lazer e sociabilidades participaram desse processo de forma ambígua, tanto permitindo o extravasamento das emoções e sentimentos, possibilitando à população relaxar, como também, através de um processo de desportivização, estabelecer regras de conduta e restrição de acesso a espaços sociais, o que reafirmou as intensas transformações que a modernidade trouxera à vida cotidiana. A análise das fontes -charges, músicas e reportagens publicadas em diferentes periódicos da primeira metade do século XX - faz emergir experiências de sociabilidades passadas, com os discursos e valores que as acompanhavam, compreendendo assim, como a sociedade curitibana da época percebia as diferentes formas de lazer, as repreendia ou valorizava, as elitizava ou popularizava, criando um discurso a respeito do que era civilizado em termos de lazer.
Contos morais e o cinema de Éric Rohmer
Alexandre Rafael Garcia (2022)
A partir da análise dos seis filmes do ciclo dos Contos Morais, realizados entre 1963 e 1972, Alexandre Rafael Garcia apresenta o estilo de Éric Rohmer. O recorte se constitui como importante porta de entrada para a compreensão dos modos de produção, da narrativa e da mise en scène do cineasta francês, que é um singular personagem na história das artes.
A aventura: Notas sobre o estilo de Michelangelo Antonioni
Juliana Rodrigues Pereira (2022)
A aventura: Notas sobre o estilo de Michelangelo Antonioni evidencia os elementos que solidificaram as bases do estilo do cineasta italiano a partir de um filme-chave de sua carreira, A aventura, de 1960. Por meio da análise fílmica minuciosa, a autora explica e desfaz lugares-comuns sobre este artista fundamental para a história do cinema moderno.
Arte e pensamento: uma introdução às teorias da arte no Ocidente
Cristiane Silveira (2021)
A arte é uma manifestação sócio-histórica e cultural, permeada por escolhas de ordem filosófica, política e social. Nesse sentido, partindo das mais diversas perspectivas, a arte assume uma função de questionamento tanto do mundo quanto de si mesma. Nesta obra, oferecemos uma introdução à forma como se concebe a arte no Ocidente. Fundamentados nas principais correntes teóricas ocidentais, buscamos esclarecer as mudanças de paradigma que ocorreram nesse campo ao longo do tempo, como a associação da arte à ideia de beleza. Além disso, analisamos o surgimento de novas linguagens artísticas e as funções da arte na contemporaneidade.
Artes Visuais - Escultura
Larissa Brum Leite Gusmão Pinheiro (2022)
O livro traz um breve panorama sobre a escultura na história da arte ocidental - em especial na Europa, Estados Unidos e Brasil -, apresentando algumas de suas principais técnicas. Através dele poderá acessar vídeos aulas sobre o conteúdo.
Dos traços aos trajetos: a Curitiba negra entre os séculos XIX e XX
Brenda Maria Lucilia Oeiras dos Santos
Geslline Giovana Braga
Larissa Brum Leite Gusmão Pinheiro
(2019)
Dos Traços aos Trajetos: a Curitiba Negra entre os séculos XIX e XX é um projeto de pesquisa aprovado em 2019 pela Fundação Cultural de Curitiba através do Edital de Pesquisa Urbana da Casa Romário Martins. O projeto resultou no Boletim Especial e se propôs a recriar mapas do centro da cidade de Curitiba, além de produzir ilustrações sobre fatos ligados a circulação de homens e mulheres negras nos espaços sociabilidade de Curitiba, a partir da identificação dos nomes de pessoas, clubes, teatros e outros lugares que constam no primeiro livro ata da Sociedade Operária Beneficente 13 de Maio, do período entre 1888 e 1896.
Pequenos pontos de contato de pessoas que gostam de gente, mas evitam
Adriano Ribeiro, Ana Paula Málaga, Fabiana Bassetti, Fabio Lopes Gustavo, Jaqueline Godoy, Larissa Brum, Leonan Bernardini, Maurício Savrassoff, Milena Costa, R. Maruo e Tiago Batista (2019)
Onde você estava quando o isolamento começou? Com quem se relacionava e em que pensava? Quando tudo isso teve início, nós pensávamos sobre imagens, juntos em uma sala no centro de Curitiba. Falar sobre imagens nos parecia uma boa desculpa para celebrar afinidades, pensar em chances de lidar com a realidade e não soltar as mãos uns dos outros enquanto vivíamos em um país que insistia que não nos conectássemos.
O gaúcho era gay? Mas bah! (1737-1939)
Jandiro Adriano Koch (2023)
Trata-se de uma extensa compilação reunindo e comentando vivências LGBTQIA+ no Rio Grande do Sul, com significativo relevo às fontes históricas, como jornais, revistas, correspondências, documentos públicos, entre outras.
Disparos na cena do crime: o Esquadrão da Morte sob as lentes do Ultima Hora carioca (1968-1969)
Mariana Dias Antonio (2019)
“Se espremer, sai sangue.” Tal comentário perdeu correspondência com o jornalismo impresso de hoje em dia. O fenômeno migrou. Agora as imagens mais chocantes circulam em vias alternativas, como redes sociais e aplicativos de mensagens. Para o historiador, entretanto, o registro perene e rastreável do jornalismo impresso facilita o reavivamento ou a reconstrução da memória. Através de um ponto temático e temporal específico, Disparos na cena do crime trata simultaneamente da exploração da violência pelo jornal Ultima Hora e do Esquadrão da Morte através do noticiário carioca.